Minha dona

Quero eu ser as noites de inverno.

Invadiria seu quarto, ainda coberto de sono

Pra tomar em minhas mãos o seu fruto em abandono

E levá-lo a meus lábios.

E meus lábios entreabertos, mordiscariam seu pomo

E a língua doce e morna, ao pincelar sua haste,

Convidaria sedenta pra habitar o meu domo

E nele deixar seu mel.

Quero estar contigo sem hora marcada.

Me dou por completo pra você.

Seja minha dona usa sem pudor meu corpo.

Me leve a exaustão do prazer.

Enquanto nos amamos nesse inverno.

ouço o som das corujas noturnas.

A lua ilumina a noite.

Para deslumbrar suas curvas que, são todas minhas.

Mas seu fruto, meu amor, já na minha boca cresce

Minha língua se contorce a sugar todo o volume

Minha flor, bem orvalhada, suplica que se apresse

Desce no canto da boca, um fio de sumo doce

No quarto sumo e orvalho exalam cio-perfume

Flor e fruto se encontram.

denis maximiano
Enviado por denis maximiano em 24/06/2019
Código do texto: T6680483
Classificação de conteúdo: seguro