Ainda lambo os dedos
Lábios carnudos de polpa nua,
dedos quentes para levar à boca,
mãos embaciadas da húmida ansia
entre os desvaneios do sonho qualquer!
A memória deseja-te!
O ar sente vertigens ao abrires as pernas
entrando o vento violento aroma de mim
ferida de desejo recomeças…
Dedos molhados para levar à boca,
é tempo de chupar toda a tua noite
iluminou-me trago a trago até beber-te
num único e soluçante trago quente.