Ainda lambo os dedos

Lábios carnudos de polpa nua,

dedos quentes para levar à boca,

mãos embaciadas da húmida ansia

entre os desvaneios do sonho qualquer!

A memória deseja-te!

O ar sente vertigens ao abrires as pernas

entrando o vento violento aroma de mim

ferida de desejo recomeças…

Dedos molhados para levar à boca,

é tempo de chupar toda a tua noite

iluminou-me trago a trago até beber-te

num único e soluçante trago quente.

Sessenta e Nove Sugestões Poeticas
Enviado por Sessenta e Nove Sugestões Poeticas em 08/02/2019
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