AMANTE
Amanheceu batendo na porta
Trazendo rosas e promessas
Inventou tragédia e se foi
Mas tarde bateu e chamou baixinho
O nome de quem sempre espera
Nada respondeu, apenas fingiu
Não reconhecer a voz
Com a mesma promessa desejava
O cheiro das rosas sobre a cama
A espera cruel de um momento feliz
Não desejava outra tragédia
Apenas viver o incessante desejo
Dessa vontade de idas e voltas
Sem que nunca anoiteça
O pecado e o desejo sangra
No sussurro da mesma voz
Querendo o calor da coberta
Com cheiro do aroma das rosas
Quem sabe adormeça e amanheça
Sem vontade de ir embora
E hoje conte seu segredo
Castro Rosas