O CORPO
Tire minha roupa. Desnuda-me.
Ponha em mim o cálido fervor do teu abraço
E revesti-me da mais nuda embriaguez.
Rasgue os meus lábios.
Transverte-me de nudez absoluta
Deixe que a mórbida insensatez
atravesse a minh' alma.
E me cubra da mais louca insanidade.
Tire de mim também o meu véu.
Nele se esconde todo o pudor que já não existe em meu Ser
E preencha-me do mais tórrido desejo.
Quero me transmutar.
Te fazer o ponto mais alto do meu paraíso
Enlouquecer com tuas brasas queimando na minha pele
E, quando do inferno eu te buscar, quero procurar nos meus sonhos
Um tenro desejo de te amar.