Um silêncio.
Uma porta fechada.
Que se abre lentamente.
E a luz invade o recinto.
E o perfume atinge o extinto.

Interrogações multiplicam-se nos olhos.
Mas, fazem questão de calar.
Há um ritual de gestos.
Preparatório de semântica.

Signos na encruzilhada
provocam a tangente do lirismo.
A gota de orvalho se mistura 
com a lágrima.
A gota de veneno se perde no 
mar de queixumes.

Calculo o pulo.
E erro.
Calculo o tiro.
E, erro novamente.
Não sei se idolatro o alvo.
Ou se erro por pura demência.
No sentido exato
de tentar e tentar...
até a exaustão.

Tentar é mais 
interessante que
simplesmente acertar.


Há um cansaço desenhado no 
cavalo...
que selado não conta
sobre os caminhos que atravessou.

Há um mistério prostrado para
além do horizonte,
escondido pela geografia.
E explorado pelos astrólogos.

Lendo as estrelas.
Decifrando o futuro.
Esquecem o presente.
Esquecem as correntes da realidade.
Enquanto que a sua presença inunda o
ambiente
Como um tsunami
gentil, caldaloso e
sensual.

E desaparecem mares,
dúvidas, mistérios
e a sedução contamina a todos
como numa hipnose coletiva.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 04/02/2016
Reeditado em 04/02/2016
Código do texto: T5532923
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