DEFLORO-TE
(Sócrates Di Lima)
Defloro-te a alma,
Num verso em construção,
Numa viagem calma,
Pelas entranhas do teu coração.
Defloro-te os sonhos em devaneios,
Penetro profundo nos teus desejos,
Sei que tenho tantos meios,
Mas, começo na loucura dos teus beijos.
Defloro-te em desejos plenos,
No tocar dos lábios em vícios,
Nada efêmero, nem toques amenos,
Viçosos olhares de feitiços
Defloro-te...
E por deflorar-te enlouqueço,
Quero amar-te,
Desde que amanheço
Defloro-te na mais íngreme envergadura,
Como quem sai da terra aos céus em segundo,
No vácuo da mais insensata loucura,
Onde o amor é o prazer tão profundo.
Devoro-te nas minhas intensas divagações,
Nos meus mais desprovidos devaneios,
Devoro-te com todas as minhas emoções,
No olhar insano sobre teus anseios.
E por te devorar eu te defloro...
Corpo, alma e senrimentos,
Libidos aflorados como em ti adoro,
Mulher, defloro-te com meus pensamentos.