SEM PECADO
(Sócrates Di Lima)
Ah! Esse olhar pecaminoso,
Profundo...
libidinoso,
que toca fundo.
Olhar de bem querer,
De ternuras,
Olhar de reviver,
loucuras.
Ah! Esta vontade insana,
Do morder os lábios molhados,
sugar o néctar com gana,
licores em taças de desejos destilados.
Ouvir a voz em chamego,
sem tempo, sem hora,
no braços o aconhego,
sem deixar ir embora.
Ah! como é doce a volúpia em ação,
a magia dos rituais,
dos corpos nas mãos,
em caricias divinais.
Sem pecados,
sem medos,
sem segredos,
desrregrados.
Como se o amor fosse o prêmio,
para as almas encontradas,
em rituais boêmios,
Entre o prazer dos corpos enlaçados
sublimes momentos,
em noites, em dias...
extremos em sentimentos,
em formatos de poesias...
O amor em si já é despudorado,
Mesmo em amor exagerado,
Quero morrer em pecado desenfreado,
Porque amor sem pudor, nunca será censurado.
Então,
neutralize a razão,
E com tesão do corpo desmoderado,
vem me amar, posto que o amor jamais será pecado.