PRAZER NA LEITURA
Estava na praia, largado,
quando a menina chegou.
Com seu biquine atolado,
minha barraca armou.
Tentei puxar um papinho,
ela sem dar atenção.
Eu a olhar seu corpinho,
mal escondia o tesão.
Bolei a forma perfeita,
para ganhar a novinha.
Peço sua mão direita,
começo a ler cada linha.
Faço uma cara de espanto,
de quem não crê no que leu.
Levo a menina pro canto,
digo que sei que ela deu.
Logo ela fica corada,
se justifica depressa,
que foi pelo primo usada
mas bem rapidinho, com pressa.
Lanço um olhar de quem sabe,
de fato, o que aconteceu.
Sugiro que o dia acabe,
no meu consultório ateu.
Ela aceita na hora,
dali rumamos pro céu.
Chegando lá, sem demora,
procuro a linha do mel.
Nela, descubro segredos,
até então intocados.
Comigo perdeu seus medos
mas se fartou de pecados.