Relativizando
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Que o teu amor se ramifique.
Que dele brotem raízes e não apenas galhos.
Porque ramos se expandem,
buscando o abraço d’outras árvores...
As raízes, entretanto, quando fincadas,
retroalimentam a seiva, dando alento.
Expandir-se não é maléfico,
posto que o estático se relativiza.
Por isso, os diversos referenciais...
Buscas a liberdade do extravasamento?
Ah, mas as rosas ao longo do falo tubiforme,
precisam de toda extensão do contato.
Que o teu amor siga, buscando a luz, sem ofuscar-se.
E no fototropismo, banhando-se de energia,
carregue com ele a insanidade que o corte produz.
A vida a dois, quando o pólen se esvai na gravidade,
desperta no horizonte da inconsequente cópula,
a razão maior de nos esgalharmos a dois.
Nijair Araújo Pinto
Iguatu-CE, 10 de fevereiro de 2014.
16h20min
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