Contenda
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Eu me curvo e, ajoelhada, entrego-me...
Não por capricho nem submissão.
É apenas o meu melhor modo,
enquanto voluptuosa curva,
de desejar-me , enquanto tua,
tornando-me fervoroso vulcão.
Tu também te curvas!
Tuas curvas, entretanto, pulsam.
E no pulsar, forte e vibrante, esbarramos.
Tu esbarras no meu limite;
enquanto eu, ousada,
limito-me a querer mais.
Tenho as vestes vermelhas e a flor rosada.
Tens contornos de preto, cheiro de gênero.
Tenho a nudez por quase plena;
tens a desfaçatez da tenda armada!
Quero o embate – preciso digladiar.
E que tua espada me sangue a pele morna.
Ah, senti o poder da lâmina contundente.
Quis fugir, mas o teu beijo mudou tudo...
Relaxei e me envolvi, mordendo tua boca.
Meus cabelos esbarram no calor dos teus lábios.
Minhas mão se apoiam, parecem trêmulas.
Por quanto tempo durará nossa contenda?
Iguatu-CE, 11 de fevereiro de 2014.
00h02min
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