Anônimo e Canibal
10nov2009.
Foram olhos de promessa com que me olhas-te
Retribuí com a alma, ardor, sofreguidão e língua...
Adentramo-nos. Bocas impudicas e incontinentes
Deslizando pelo céu e pelos dentes.
Não quis promessa, somente que me amasse...
E boca na boca, tua voz, ouvia sussurrar declarações.
Nossos corpos suavam, transpirando em paixões!
Eram olhos de querer com que me olhas-te
Assim, também te quis, te quero. Anônimo e canibal,
Ferve o sexo ao ver tuas ancas, os seios perfumosos,
Mulher, menina, seduzem, uma quente outra sensual...
O dorso, as mãos, o sorriso nos lábios melosos,
Seus cabelos, seu ventre, o umbigo, a orelha e a nuca,
Voluptuosa... Libertina, lânguida, puta!
Assim crescendo em desejo em proporções e realeza
Penetro o mar de sensações em repetidas vezes
Buscando nas profundezas essa sua outra beleza
Só revelada à hora do gozo. Gemidos, frenesi, arrepios.
Deságuas em mim, despejo em ti, lascívia, luxúria...
Oceano rescindindo em extensões e rios, calafrios,
Em explosões em sentimentos, querer e desejos.
E se lhe acarinho de novo te beijo, e beijo, beijo...
Indelével lhe mordo, arranhando as costas nuas,
Sorvendo seus humores, a seiva, o vinho...
Embriago-me ao beber do fruto dos descaminhos
Entorpecido! Te como, te como! Te como...
30Nov2013.
Adonispoesias.blogspot.com
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