Holocausto...
Guerreiro de outras terras
Valente herói amado!
Travastes tantas guerras
Meu sonho idealizado!
Invadiste minha morada
Rasgando-me os véus
Em delírios proclamada
Tu me levaste aos céus...
O amor desabrochou
Nas minhas pétalas castas
E os teus beijos solveram
O orvalho das madrugadas...
Forasteiro que vens
Aventurar-se clandestino
Roubando-me a pureza
Sussurrando desatino.
Ao fecundar-me o ventre
Instigou-me embevecida
Senti a dor erótica
Da virgem possuída!
E nessa pélvica ira
Perdi-me em descompasso
A morder os meus lábios
Em ritmo acelerado.
Desse voluptuoso sonho
Despertamos lunáticos
Epiléticos aos sons
E gritos do holocausto!