DIVINAMENTE MULHER
(Sócrates Di Lima)
Amada,
Desfolho-me sob raios solares,
Solto-me feito folha desgarrada,
Viva e cheia de cores.
E nessa volúpia de bem querer,
Minha alma surfa nas ondas dos teus desejos,
Meu coração mergulha no mar do teu prazer,
E a saudade me alicia nos teus beijos.
E se o meu corpo arrepia,
No toque de tuas mãos macias,
É porque a distância recria,
O êxtase do desejo a que me vicias.
Amada...
Quando o dia amanhece,
Tua voz suave e dengada,,
Arrefece-me como o Sol que se levanta e aquece,
Divinamente mulher,
Divinamente nua,
Assim meu corpo quer,
Sob a cumplicidade da Lua.
Corpo, alma e coração,
Vontades, desejos e insanidade,
Amor visceral em emoção,
Tanto que quero, tanto que darei em reciprocidade.
Você, divinamente mulher,
Cântaro que guarda meu mel,
Derrama sobre mim do jeito que o amor quer,
E me revela em poético papel.
E nesse cântico que minha alma canta,
Minha libido é maior do que outra reação qualquer,
Porque de ti, tudo em mim se agiganta,
Na nudez sem castigo, divinamente mulher.