Dona Dora

Dora, mantenedora

Da malícia esperta

E da vida incerta

Os males espanta

E aos gaviões encanta.

Tens feito tão sofrido na sua caminhada,

Tanta lástima atrás da boiada

Que mesmo com o cansaço levante

Tua beleza é constante

Ao sabor do luar.

Matas a morte num clique,

No instrumento vital

Fonte de gozo e amor

Contra a infecção viral

Do despudor e sadismo.

Portadora da efervescência

Dos sais provocadores da gestação

Bebe no cálice de ouro

Logradouro

De uma grande paixão.

De cor morena incomparável,

A mistura pouco efêmera corre nas veias

De sangue vermelho e vivaz

E no útero resta o gameta

Que da vida, a minha Deusa lhe traz.

Dora, mãe de Bella

És tão maravilhosa quanto ela

Regozijando a pura vontade de amar

A santa recepção do coração de mãe,

És toda aberta para toda relação,

Para todo tipo de gozar

Da santa paixão.

Muito diferente do resto

Não deixas o tempo levar a beleza

Esta concentrada no teu primeiro fruto

Na primazia genial

Da voz que escuto

E da boca que beijo.

És para mim tão importante quanto,

Meu objeto de contemplação e desejo

Porque algo perfeito

Só pode ser gerido

Por algo tão pleno e santo.

Alberto Fitzgerald
Enviado por Alberto Fitzgerald em 01/06/2013
Reeditado em 01/06/2013
Código do texto: T4320474
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