EFÊMERA LOUCURA
(Sócrates Di Lima)
Efêmera é esta minha vontade louca,
De tomar tua boca,
E num beijo selvagem deixar-te nua,
Fazer a lingua dançar na boca tua.
Num ímpeto despudorado,
Jogar-te no leito macio,
E no desejo descontrolado,
Suavemente deixa-la no cio.
Sobre teu corpo o vinho te banhando,
Umedecendo os seios enrijecidos,
Minha boca sugando o ventre se contorcendo,
Deixando-te louca sussurrando gemidos.
E nesta minha vontade louca,
Entre tuas pernas e braços,
Deixar-te maluca e rouca,
E ocupar todos os teus espaços.
Domar a fera dentro de ti,
Arrancar para fora a fêmea indomada,
Em êxtase profano teu corpo aqui,
Jorrando o elixir no cheiro da madrugada.
E não cessa em ti a minha virilidade,
Desencadeada na vontade extrema e nunca pouca,
Pelas entranhas te possuir com toda a minha vontade,
E tu me matar de amor nesta minha vontade louca.