ARREPIO DE AMOR
(Sócrates Di Lima)
O amor que faz-me arrepiar a alma,
Sentir o calafrio,
O desejo libertino se espalha,
(não se acalma),
como se fosse uma madrugada de frio.
Sinto o corpo roçando,
A boca pedindo aflita,
As mãos inquietas buscando,
A carne que despudorada grita.
E os lábios em mordidas,
sufocam os tons dos gritos,
Quando a loucura sem medidas,
explode no prazer dos aflitos.
Entâo a alma de dentro para fora,
Se lança feito o corpo em desafio,
O amor na plenitude implora,
Explode a libido que geme no arrepio.
E silencia no templo do prazer,
onde a cumplicidade de tudo faz sentido reascender,
Mantém intocável a inapagável tocha do viver,
A cada toque dos lábsios que pacifica a alma depois do prazer.