SENSITIVA (Poema para Basilissa n. 2.054)
(Sócrates Di Lima)
Minha véinha,
Um ser sensitivo,
tem o dom de ver,
ouvir e se expressar,
sem ao menos vivenciar,
mas, receber de algum lugar
e forma,
o que existe no oculto,
o que existe além da vida e da morte.
Premonir é ver além do hoje o que a vida,
ainda, tem a ofececer,
seja de qual forma for,
e o alerta pode vir por meios de sonhos,
contudo, o que está escrito é imutável,
imodificável
e cumpre-se a seu tempo.
Ser sensitiva é dizer e transferir o sonho,
o sentimento, o pensamento,
e o trazer para a realidade na forma escrita,
dissertiva,
narrativa.
Sensitiva é ver e sentir além do seu próprio desejo.
Basilissa é o meu ser sensitivo,
Tem a sensitividade além da poesia,
Da nossa realidade.
Do nosso dia a dia.
Com ela vejo além do que posso ver,
E ela, muito além do que pode perceber.
Ela tem a sensitividade do daqui há pouco,
Do amanhã,
Da realidade por vir.
E nos seus sonhos,
Ela consegue vislumbrar,
O que ainda, não está declarado,
E é por isto que Basilissa enxerga,
O que eu, ainda, nem percebi.
Mas, juntos acendemos a mesma luz,
Buscamos a mesma paz,
interior, exterior...
O que está dentro de nós,
E, ainda, não sabemos,
E aprendemos,
A conhecer nossos mistérios,
Segredos...
Meu amor é sensitivo,
E sabe que a amo,
E eu sei que ela me ama.
E, por toda uma vida,
Que, ainda, nos resta,
Seremos, eu por ela,
Ela, por mim,
Na sensitividade ou não,
Mas, sempre vendo o nosso amor,
Além da luz futura que possa nos iluminar.
Em Jardinópolis, 20 de setembro de 2012.