MEUS PASSOS
São gotas que caem sem culpa.
É sobra de orvalho que brilha
e imponente o sol expulsa,
e sem limites escorre,
beijando as flores
e lambendo as folhas.
Impotente se faz num lamento,
em brisa se transforma e
altiva, despenca ao vento.
Sóbria se põe solitária
perdida em palavras faz
louca e doce a história:
arrebatada em palavras e versos,
em toques, em pele, em cheiro.
Em êxtase, vencida em seus braços!