Aconteceu...pena não ser um privilégio só meu.

Tão próximos, ali no sofá da sala, e a sós, não pude evitar...

Notei em seu olhar um brilho um tanto diferente, convidativo, quase uma súplica, dando-me total permissão para eu ir além...

O que fazer diante uma ordem assim...tão direta e irresponsável vinda de quem sempre me causou admiração?

O que fazer diante gostosos lábios tão próximos aos meus?

O que fazer diante o desejo mútuo de transgredir o não permitido?

Esquivar-me?

Desculpar-me e dizer que não quero...se na verdade era tudo o que eu mais queria?

Assim nos beijamos... e confesso que beijo igual não tive até hoje.

Deborah foi o que sempre sonhei e mais além, durante o tempo em que nos permitimos o encontro de nossos desejos... ali naquele sofá. O silencio na casa evidenciava nossa respiração ... diante o mais perfeito beijo que havíamos libertado...

Doce gosto

Macios lábios

Movimentos e afagos que me levaram ao delírio. E lá fiquei imerso. Até que espontaneamente veio a conseqüência daquele beijo... a ousadia.

E juntos fomos adiante...

Deborah é assim mesmo. Um convite as provações. Meiga, gentil e discreta, dona do mais belo e cativante sorriso e do mais penetrante olhar. De dia profissional empenhada, a tarde mãe dedicada, e a noite esposa afetuosa...

Um privilégio de mulher.

Um privilégio de virtudes.

Meu privilégio foi tê-la além do beijo.

Contudo o maior privilégio cabe ao meu irmão... o de ser esposo de Deborah.

Ed Carvalho
Enviado por Ed Carvalho em 10/01/2012
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