Paraoara!
Fechas os olhos.
Já oprime levemente as narinas
Aquele pitiú pesado na pedra.
Vês o rio moreno.
Tua pele é uma pupunha a ser comida com café preto à tardinha.
No rio de tuas veias pororoca um sangue caboclo
Tão forte, tão curupira que transborda a face ribeirinha
Lavada de urucum.
És todo farinha d’água.
És tipití,
És pato-no-tucupí.
És um requebrado de carimbó!
po-po-po-po-po-po-po-po-po
Não. Hoje o sol não mergulha no mar:
Deita-se por trás de Marajó