"Almas Penadas"

Almas penadas dos nossos dias,

Bem diferentes do que eram antes,

Hoje são homens, mulheres e crianças,

Vagando em campos e terras alheias.

Almas penadas dos nossos tempos...

Sem uma tapera para se abrigarem,

Suas moradas são improvisadas,

Nas cercarias de alguma fazenda.

Almas penadas, que conheço agora,

Não recebem velas, preces e orações,

Recebem chumbos de armas de fogo...

Muitas promessas, mas sem soluções.

Almas penadas, de almas vivas,

Gritam por terras que lhes pertenciam,

São deserdados da sorte na vida...

serão almas livres somente com a morte.

Almas penadas, que já estão partindo,

Terão de certo, na estância do céu,

Campo bem fértil pra plantar de tudo,

Sem aramados dividindo terras.

Lá na Estância do Grande Criador,

Não há vassalos, e nem senhores,

A lei, apenas, é um trinômio:

Fraternidade, igualdade e amor.

WILSON FONSECA
Enviado por WILSON FONSECA em 29/03/2008
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