A pracinha de Urucará

Aqui nesta foto, nesse espaço acimentado, que aparece um pedaço da parede da Igreja Antiga e o Ponto Chic, era a nossa Pracinha da Cidade.

Nesse local, se desenvolvia várias atividades da Igreja e Comunidade, a gente brincava a tardinha, de pira, de macaca, as meninas de roda, dentre outras brincadeiras. Lembro que havia um serviço de Auto Falante no Ponto Chic e a gente ficava ouvindo musicas, história de Chapeuzinho Vermelho e outras, como também, as piadas do Mazzaropi, Barnabé e Lodugero. Tambem, a gente mandava recado a menina admirada, oferecendo música, era só paquera, não tinha idade pra namorar.

No meu tempo de acólito, fizemos uma apresentação tiatral na Pracinha, sobre o descobrimento do Brasil, havia um tablado, eu fiz o papel do padre que celebrou a 1a missa no Brasil, que foi celebrada por Frei Henrique Soares de Coimbra, num domingo de 26 de abril de 1500, na Praia da Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália no litoral Sul da Bahia.

Na época a TV não era na hora, passava vídeos depois pra gente assistir, no dia 20 de julho de 1969, Nill Amstrong o 1° homem a pisar na Lua no Apolo 11, dias depois, passou o vídeo, assistimos esse acontecimento fenomenal com a Pracinha lotada de gente pra assistir.

Todos os eventos como: festa, leilões, bingos, etc eram realizados na Pracinha.

Atrás da Igreja, havia um tablado com 2 sinos que a gente batia de 15 em 15 minutos, chamada da missa. Para enterros, era uma batida mais compassada e triste, sempre quem batia nessas ocasiões era o Brigadeiro.

Mais atrás tinha um campinho, que a gente batia nossas peladas no final da tarde. O dono da bola era o dono do time, o jogo acabava quando ele levava a bola.

Saudade da nossa Pracinha, que serviu por bom tempo, a todo povo urucaraense e principalmente as crianças em suas diversões.

Em 22/05/2020

José Gomes Paes

Escritor e poeta de Urucará