A mãe natureza chora

Ontem estava a passarinhar

Quando gotas caíram sobre mim

Eram as lagrimas de um triste sabiá

Perguntei-lhe porque estava assim.

Respondeu-me melancolicamente:

- sei que vai me estilingar

Então lhe disse: fique contente,

Que nunca irei lhe matar.

Retrucou: não morrerei de pedrada,

Mas com tanta poluição, não escaparei.

Amanha voarei e não acharei água

Acharei sim, fumaça de queimadas.

- Acharei os caçadores e os passarinheiros

- Acharei Índios chorando, pela mata,

Onde caçavam e, já foram guerreiros;

Onde hoje mora o motor, que desmata.

Interrompendo-lhe disse: isso não acontecera,

Pois a natureza tem o poder da regeneração.

Ele disse: é! Mas dessa vez ela não vencerá,

Pois os homens de hoje, não tem coração.

Disse ainda: o homem nasceu da terra,

Mas é filho ingrato, hoje a mãe natureza chora,

Ao vê alguns filhos, contra ela nessa guerra,

A mãe pede paz, aos seus filhos nesta hora.

Eu fiquei calado, diante de tamanha verdade.

Gilmar Queiroz
Enviado por Gilmar Queiroz em 10/10/2007
Código do texto: T689084
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.