Golfinho da Amazônia
Em águas negras e barrentas
Negro e madeira, de rios perigosos
Dorme cálida à espreita...
À noite, ele dança de branco
A procura de virgens, ele deita
Lenda sim ou lenda não
Tanta é sua crença, que...
De medo ele espanta
A rosa surge de repente
No barro sujo desemboca
E pula nos braços da moça
Faz se festa, beija a boca
Cavalheiro, fino trato
Sedutor lhe é fiel
Educado, mas atrevido
Nunca abaixa o chapéu
Isso é lenda como tantas
Se verdade, nunca o vi
Mas espere nove meses
Um botinho há de vir