Ai, que sina...

Antes do almoço,

Flora repete mais para si,

Depois de ajudar a mãe

A cuidar dos três irmãos menores

E da casa de dois quartos,

Que não quer se casar.

É cozinhar arroz e feijão,

Limpar chão... (todo dia!).

Que o pai diz sem alegria,

Já estar traçada

A história da menina.

Todavia Flora, diante do fogão a lenha,

Admira as faíscas escaparem no vento,

Mesmo quente em janeiro,

(Pois se é todo carregado

Do clima do Nordeste!),

Como se ela fosse especial

E pudesse fugir da sina da vida

Das mulheres do sertão!

Ah, mas sonhar é muito importante...!

Teresa Cristina flordecaju
Enviado por Teresa Cristina flordecaju em 20/01/2018
Código do texto: T6231343
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