A SEREIA
A sereia pousou
seu canto nas
barbatanas do peixe
Nemo adonde
gélidas águas de poço
curaram meu banho de cuia.
Cato amores
refugiados nos altíssimos
pés das goiabeiras
que abrilhantam à horta
defronte ao capinzal
dos portais cósmicos.
Que, as canoas
serenam no céu estrelado
do campo farto
na Ilha do Jorge, todas
as toadas matracadas nas
festas noturnas de bumba-meu-boi.
Jogo minhas
vestes ao mar, peço
bonanças, diretrizes
e sabedorias para as folhas
da consagração que
cruzam os meus caminhos.
Mãe D'água,
riacho do mato,
cupim roedor, azeitoneiras
pretas, silêncios
e assovios
dos Curupiras marcando
simbologias nas tucumzeiras
do seu território.