Passarinho que voa só
Sou passarinho que voa só
Fugindo dos bodoques e arapucas,
Sou os olhos de Kelmo na Rio Bahia,
Peri-Peri chorando seus versos de inverno,
A noite nos bordéis com suas damas aladas,
Planalto é a Rosa mais negra do amor,
Sou Carcará na Vereda Nova do sertão,
Os olhos de Bial num farol de um caminhão
As asas da vida tecendo o dia e o prazer,
Germinando essa canção de amor,
Sou Gaivota que voa na caatinga,
Na memória de Pingo e Gazeta,
Pairando sobre a velha Planalto,
Sou Gavião nos poleiros do sertão e
Tonhe Caiçara com sua canções de abril