Iara - Mãe das águas

Era homem e chamava-se Ipupiara,

O peixe que devorava os pescadores,

Se transforma na linda e sedutora Iara,

Leva pro fundo do rio os sonhadores.

Para ser um pescador brasileiro,

Pode ser de águas doces ou salgadas,

Cederá sempre ao encanto traiçoeiro,

São estórias de Iara já cantadas.

Do fundo das águas no final da tarde.

Ela deixa a sua casa tão somente,

Esperando não ver nenhum covarde,

Ela gosta de homem muito valente.

É uma índia de rara e muita beleza,

A magnífica “flor das águas” surge,

Meio peixe sempre nada com destreza,

Com cabelos longos sempre ressurge.

Quase todos são afogados de paixão,

Aparece de uma forma bela e intima,

Na verdade ela espera com um caixão,

Buscando sempre a sua nova vitima.

Quando a “Mãe das águas” canta,

Com beleza hipnotiza pescadores.

Quase todos ela sempre encanta,

Criando e fazendo novos amores.

O índio Tapuia certa feita pescando,

Das águas ele a viu surgir muito linda,

Pensou que estava um pouco sonhando,

Não resistiu o belo canto de Iara vinda.

Pelos olhos e ouvidos foi enfeitiçado,

Pois dela não conseguia mais esquecer,

Ele foi sido totalmente conquistado,

Com aquela formosa do entardecer.

Simplesmente se escondeu na aldeia,

Mas não aguentou toda a saudade,

Na praia ela estava deitada na areia,

Brincando com toda sua vaidade.

Ela já o esperava sempre cantando,

O destruiu de uma forma implacável,

Outro dia já estava esperando,

Aguardava outra vítima insaciável.