Saci - Pererê

Das tribos indígenas se originou,

Apenas um curumim endiabrado,

Tinha duas pernas mas modificou,

Além de um rabo bem colocado.

Lutando capoeira ele inovou

Sem uma das pernas ele sofreu,

Num negrinho se transformou,

O seu rabo também perdeu.

Agora com seu gorro vermelho,

Até traz um cachimbo fedido,

Fique bem longe eu aconselho,

Por redemoinho ele é movido.

Grandes as suas travessuras,

Brincalhão muito se diverte,

Este moleque causa agruras,

As pessoas não deixa inerte.

Até fazer o feijão queimar,

Brincar de objetos esconder,

Em buracos ele bem arrumar,

Sem que se possa perceber.

Emite ruídos e assusta viajantes,

Assusta no pasto o boi e o cavalo,

Espanta a todos os andantes,

Causando um grande estalo.

Apesar de toda a brincadeira,

Não pratica nenhuma maldade,

De forma astuta e muito arteira,

Ele assusta com muita vontade.

Da floresta conhece toda erva,

Para fazer qualquer medicamento,

Suas brincadeiras a todos enerva,

Quando não pedem consentimento.

Para fazer a sua captura,

Jogue sobre ele uma peneira,

Tire o capuz desta criatura,

Ele o obedece a sua maneira.

Nascem em broto de bambu,

Nestes eles vivem sete anos,

Sua idade transforma um tabu,

Vive mais prá atentar humanos.