ÂNUS DO SUL
Cu, porteira redonda
Sitiada de fios de cabelo
Por onde passa o sinuelo
Das tropas que vem do bucho
Para conservar as pregas
Não é preciso de luxo
É só limpar com macegas
No velho estilo gaúcho
O cu nasceu com o destino
De andar com a boca pra baixo
Mas sendo cu de índio macho
Desses que não dão refugo
Que caga qualquer tarugo
Que nem jumento carrega
Não precisa de macega
Esse limpa com sabugo
Cu velho desprestigiado
Às vezes todo cagado
Encasquilhado na rosca
Teu destino é coisa osca
Mas enquanto o tempo passa
Eu vou tomando cachaça
E tu ficas juntando mosca.