O Jatobá

Arvoredo verdejante e imponente

O jatobá nos campos da serra, adornava

Presenciava dias bonitos ao seu redor

Sombra refrescante e beleza proporcionava

Nos galhos mais altos

O gorjear do cupido sonorizava

De manhã bem cedo, era somente espetáculo

A suave paisagem verde, o jatobá ocupava

A estrada, a casa, o sol, o vento

O quintal, a fruta, a água, a lua

Certo dia o tronco foi ferido. Veio a tristeza !

O jatobá levou uma machadada. Malvadeza !

Da mata ciliar era protetor

Sobranceiro, exuberante, nada ficou

O jatobá era majestoso. Árvore real

Arrebataram da natureza um encanto natural

Debaixo dele, brincadeiras de ciranda e areia branca

Ingenuidade pura num recanto da Ibiapaba

Em noites serranas de luar prateado

No Sítio São Roque - (CE) -, o jatobá viveu sossegado

Foto e fragmento do tronco produzem lembrança

O jatobá era vida, cor, alegria e herança

Para a família do terreno, era um amigo

Derrubada surpreendente, mas na memória estar vivo

No outono, no inverno, na primavera e no verão

O jatobá se transformou numa identidade do coração

Tinha raiz centenária como a vida, a luz e o sal da terra

Do pé de jatobá o que restou foi somente saudade eterna

Abril 2004

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[Do tupi.] Bras. S. m. Bot. Árvore da família das leguminosas (Hymenaea courbaril), da Amaz. e N.E., de folhas com dois folíolos coriáceos, flores vistosas, amarelas e mais ou menos cimosas, e cujo fruto é grossa e longa vagem que contém arilo farináceo comestível. O tronco cede resina adequada à fabricação de verniz. [Sin.: jatobá, jutaí, pão-de-ló-de-mico.]

George Lemos
Enviado por George Lemos em 18/12/2010
Reeditado em 16/01/2013
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