CANDANGONAUTAS

Em que mar secos, intempéries

Navegam os candangos sonhadores?

As árvores retorcidas sorrindo,

Os Ipês florindo aos senhores...

Os senhores de maletas, servidores,

Mendigos, o idoso doente

Todos argonautas de Brasília

Que oscula ao sol poente!

Oscula com a verdade

E sopra o lume das inquietas W3...

Junta os pedaços do meu dia

Não se esqueçam, sou vocês!

Eu quero meus gramados,

A torre de Tevê!

O ginásio, o estádio

E quero ver você!

É seco, quente ao dia

E frio a noite é verdade!

Um céu azul e minhas mãos

no Parque da Cidade!

Prédios, ruas, conurbações...

Pessoas, as asas – DF alado!

No inverno as cigarras cantam

E amanhã é feriado!

E subamos todos neste pássaro

do Planalto Central...

Pois somos todos passageiros

do Paranoá ao sideral!

Lamphard
Enviado por Lamphard em 08/06/2010
Código do texto: T2308252
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