O GUITARREIRO E O POETA

Se o poeta sofrenar seus versos

Quem dará rédeas para a emoção?

Só o guitarreiro junta sons dispersos

Acorde e verso, é alma e coração!

Só a canção revigora os sentidos,

Se estão puídos os valores comuns.

A poesia nos faz sensitivos...

E a voz do pago toca em cada um.

Um fogo grande, um canto entonado!

Legado antigo que é sempre novo.

Um verso xucro se faz requintado,

Se trás na cincha as verdades de um povo!

Se o poeta sofrenar seus versos,

Quem as belezas poderá cantar?

Se o guitarreiro se quedar, disperso,

Quem cantará a magia de amar?

Toda poesia a guitarra compreende,

E a cuia corre em volta do braseiro.

“Gracias” meu Deus pela paz que transcende

Das mãos do poeta e do guitarreiro!

Um fogo grande, um canto entonado!

Legado antigo que é sempre novo.

Um verso xucro se faz requintado,

Se trás na cincha as verdades de um povo!

Versos musicados por Vitor Amorim e interpretados por Índio Ribeiro

1º Festival Nativista Baqueria de Los Piñares - Vacaria RS