A VIAGEM
Semente que sou e não vicejo
Larguei o berço no suão do Tejo
e navego neste mar, à vela
com velozes ventos, fortes tempestades
chegarei lá, naquela......
Praia de palmas e promessas,
Encontrarei sob os meus passos
e sentirei nos areais incertos
o queimar nos meus pés descalços
Voltar?. Não, não voltarei jamais!
(não se volta nunca, de onde se partiu)
Renego das imagens passadas, o cenário
Virtual, teimosamente excluído.
Pretérito nebuloso, oh longa espera!!!!
Perdi o leme, o sonho, o rumo,
as armas que possuía, já se foram,
as de Euclídes se afundaram!
resto eu, o torpor da aurora
e o horizonte vislumbrado agora.
antonio noronha-15