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A Última Viagem do Marinheiro !


Tantas vezes eu naveguei
em madrugadas frias e escuras;
Muitos portos avistei das escotilhas nevoadas;
Em terra firme, sempre com o desejo de voltar,

O mar é meu lugar!
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Por terra, os mares bravios
são amaldiçoados sem razão;
Os homens transgridem as normas
que o gigante determina;
Depois aperta-lhes o coração nas baixas dos amigos transgressores;

O mar, é preciso respeitar!

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Meu amigo, confessa ao me embalar,
qual é o seu segredo?
Porque tantos homens têm medo?
Será que sou sua exceção?
Arranque de vez deles, esta aversão,
essa sua maldição;

Ó mar, meu companheiro!
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Não adianta, raivoso estrondar nas pedras,
isso não me incomoda;
Seu marulho, por que isto?
Por qual razão não te acalmas?
Contenha suas águas, te aquietes um pouco,
fique tranqüilo.

Ó mar, amigo impetuoso!

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Sei, entendo bem a sua dor, concordo...,
sei que não és, latrina do mundo;
Sujo, maculado, sei...,
assim não dá pra ser tão mansinho,
entendo você...;
Mas, se acalme, te peço!
Falo isso pro seu bem
e é por isto que te reprimo;

Ó mar, meu camarada revolto!
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Sinto que estais compreendendo!
Sabes que estou preocupado!
Amigo discreto que guardou tantos segredos e segurou todas as minhas lágrimas,
Juntou-as a de todos os náufragos
fazendo subir as marés, pelos Sete Mares;

Mar , meu compassivo confidente!

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Que paz que sinto,
acho que adormeci com sua calmaria,
que bom, parece enfim ter me ouvido;
Me digas uma coisa:
- Que fazes aí em cima,
majestoso e imponente;
Parece até que agora o seu azul,
está ainda mais azul,
parece da mesma cor do Céu;
Fique sempre assim
e ninguém mais vai te amaldiçoar!
AGORA...,
Descanse em paz, meu Alto Mar!

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