DIA DO FICO
Hoje, talvez possa entender
O que o dia do Fico representou;
Se foi, realmente, o povo que escolhera
Ou uma elite privilegiada que optou
Não, não se engane nesse coração apertado,
Tantos outros já ficaram, e tantos outros ficarão.
Não se preocupe com os condenados,
Este, também logo voltarão.
São dias de FICOS celebrados
em quase todos os dias do ano.
Tem gente saindo e tem gente ficando,
O Supremo amacia! É a supremacia governando
Aqui é colônia. O reino é logo ali atrás de Goiás!
Fica encostadinho com Minas gerais.
Sim, Minas do Inesquecível Aécio.
Que também teve o dia do rico, quero dizer, do fico.
Venha viver no Brasil, aqui valorizamos seu investimento,
se for em dólares, você certamente terá seu reconhecimento.
Se for Euros, já é certo! Chefe de gabinete.
Se for em real, bem…que seja em grande quantidade.
Aqui na colônia todos ganham. A vida, é uma só amizade.
Não existem bandido ou mocinho, tão pouco perseguição,
Tudo funciona uma maravilha, em nome da ética e da razão.
O supremo vota certinho,
o congresso, agora está aprovando
Quantas chibatadas um escravo pode levar
Antes que este caia morto, ou seja chamado de escravo,
Certo é, que escravo não terá um dia do Fico
Tampouco saberão, o de sua partida.
Aos grilhões que outrora nos acorrentavam,
agora voltam a cintilar na braços, pés e pescoços.
Milhões armados com palavras semianalfabetas,
numa guerra de farrapos, onde a arma da ganância.
Apresenta a intolerância numa invasão aos direitos.
A combater afortunados grupos privilegiados,
numa a guerra dos farrapos, ou dos esfarrapados
Faço me índio, faço me negro na história que apenas ouvia.
Fazem-nos refém, invadem rompem toda nossa floresta,
Meu corpo, minha mente, os direitos conquistados.
Gritar não me devolverá, o país que algum sonhador
no decorrer da história, fez-se valer do poder de sonhar.
Não foi a caneta de ouro, tão pouco o grito do Ipiranga,
não foi as perseguições e matanças na ditadura.
Não foi nada, nada tão cruel, quanto essa maldita estrutura,
Somos colônia, sub-raça, malditos vermes errantes
Fingimos em churrasquinhos dos fins de semana
Em nome da covardia, que valeu a anarquia
Agora consumada entre às mãos dos governantes
Brasil terra amada e saqueada salve salve