Reconstrução
O barulho da hélice,
De helicóptero cortante,
Explode os ouvidos
Dos jovens nacionais.
Gritam e imploram
Por uma justiça justa,
Mesmo sabendo
Que poderão nunca ganhar.
São guerreiros!
Soldados que dão voz
A revolução da paz,
A revolução da igualdade.
Oremos?
Não, não oremos!
As ruas pedem por poder,
Pelo direito, pelo dever.
Só assim
Que a vontade brasileira
Passará da novela,
Da favela.
Políticos ridículos.
Todos? Talvez.
Raça desconhecida,
Imprevisível.
Sejamos fortes,
De mente e coração.
Pois se depender deles
Só haverá corrupção.
Uma guerra não vista,
Um socorro quase despercebido.
A fome, a sede,
O corpo corrompido.
Nessa prosopopeia,
Rua, pernas, corações,
Sinônimo de vida,
De campeões.
E não mais obstante,
Só quero dizer
Que sou patriota,
Feliz, mas não idiota.