Terra Amada
Desde minha infância, sei em meu peito
Que esse verde resplandecente
Cuja força reergue meu frágil coração humano
Vem das províncias que reunidas fazem de teu símbolo
Ó,canção de mil glórias,
Minha terra, minha pátria
Ungido em esperança
Proclama-te força de todos nós
Pois desta face pintada
Nem um nem outro pode escravizar
O que é por exigência dessas árvores e de toda essa beleza,
Livre de toda ladainha que procuram nos engolfar
Pois nenhum homem pode derrubar
O que a natureza por si só fez forte
Desde áureos tempos
Vívidos do forte labor
Os irmãos que compuseram
Essa estranha sinfonia
Qual deram nome
Nome de santo e depois de árvore
Montaram com mãos em terra
E cabeça mantida em pé
Olho por olho se aprende a ser filho da pátria
A se tornar não somente filho
Mas pai e mãe, sem temor
Pois deste solo, das sementes antigas
Nasceu um povo, um povo que por mais amarga luta
Cria em teus ventres
O grito, nunca um suspiro,
Pelo contínuo tom do andar descalço
Pelo poder, poder de se expressar
E fazer raiar Liberdade!
E dessa criação não há de haver derrota
Pois de todos os recantos do mundo
Somos o único povo fundido
Nossa pátria, meus amigos,
Mostra mais de mil faces diversas
Pois o que faz essa bandeira
Não é raça, credo ou cor
E sim o peito forte que bate quando escuta
O chamado da vida, mesmo que em tom de desafio
Nós, humildes humanos
Olhamos e aceitamos e inda fazemos som
Dessa desatinada linha
Aprendendo a dançar conforme ela dita
Inventando sorriso onde só mostram penumbra
Pois estes hinos mesmo que não entoados
Estão forjados em toda alma
Que tanto nasce ou parte
Desta identidade
Não há como retirar significado
De uma forma ou de outra somos todos
Ramos do mesmo símbolo que se estende
Mais e mais,
Para finalmente forjar
Intensa chama.