Que Viva América! (O "rei Mulatinho" Está Solto)

“Leis em favor do rei se estabelecem

As em favor do povo só perecem.”

(Camões)

No reinado do “rei Mulatinho”

Tudo estava no lugar, graças a Deus

A escrava Isaura

A dona Salomé

Os banqueiros nacionais

A serviço do FMI

Os banqueiros internacionais

A soldo do jogo do bicho

Os metalúrgicos

O Judiciário

Os inventores de leis

Os lavadores de prato

Do dinheiro do tráfico

Os fracos

Os potentes

Podem todos dormir tranqüilos

Despertar era, é proibido

Pirados e piabas

Tubarões e piranhas

No reino do “rei Mulatinho”

Tudo estava no lugar

A venda escancarada

Das indústrias de base

Por preços no atacado

No varejo do Planalto

O abominável homem das neves

Os meninos do Rio ameaçando Hollywood

Com um filme sobre o “Buraco Quente”

a “Vila Miséria”, “Candelária”

Os traficantes não estariam vendendo nada

Chiquinho da Mangueira confabulando

Com dona Rosinha Garotinho

Trégua em nome dos traficantes

Com o aval do palácio Alvorada

Hienas do dinheiro público

Barões do narcotráfico

Prometem restituir a São Paulo

Os bilhões de dólares furtados

Da saúde, da educação, da habitação

Juram cinicamente doar os depósitos na Suíça

Transferidos para o “Triângulo das Bermudas”

De outros “paraísos fiscais”

Tropas aladas invadem o Irã

A partir do presidente do Pentágono

Ratazanas do petróleo rugem armas

Barões do complexo industrial militar

Baleias e salmões da branca

Nadam todos no mesmo saco de caça

E a culpa toda é do Bin-Laden

Na Amaérica do Sul

No reinado do “rei Mulatinho”

Fêfê foi gagá “honoris causa”

Das velhas universidades européias, feéricas

Que lhe encheram o fígado de ganso

Para fazer patê da indústria de base nacional

Em troca da dívida externa geométrica

No reinado do “rei Mulatinho”

Nunca ninguém ouviu Fefê falar:

“Meu povo tem frio ou calor

A mim cabe providenciar.

Meu povo tem fome? A culpa é minha.

Meu povo comete delitos?

Sou o único responsável.”

No reinado de Fêfê

O “rei Mulatinho”

O “buchada de bode”

Os banqueiros do jogo do tráfico

Reinaram nos três poderes

Em mil associações cabreiras

Das influências malsãs:

Sua herança maldita

Querem-no fazer outra vez

O candidato que a reedita.

(Esta poesia está atualizada nos termos da realidade política

dos “dias de chumbo” do reinado duplo de Fêfê, o “rei Mulatinho”)

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 07/04/2010
Reeditado em 08/04/2010
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