O triste brado guarani
Dia 1° de março de 1870 a Guerra da Tríplice Aliança chega ao seu final. O General Câmara toma Cerro Corá. Solano Lopez tenta fugir e é alcançado às margens do riacho Aquidabán Niguí. Pede-se que se renda e não o faz. É atingido por uma zagaia (lança) pelo lanceiro e Cabo Chico Diabo. Tenta lutar desesperadamente e é atingido por uma espadada e fica cego, mas continua. Vira as costas para os brasileiros e tenta subir na outra margem e leva um tiro pelas costas e dá seu último brado: “¡Muero por mi patria!” Esta frase é polêmica, pois dizem que o General Câmara pediu para registrar: ¡Muero con mi patria!
O triste brado guarani
Os rios Aquidabans,
o Guazú e o Niguí,
o grande engole o pequeno
e nesse entre-terreno
“El Napoleón del Plata”
vê a sua tentativa ingrata
chegar ao triste fim.
El Diablo lança a zagaia
e na pequenina praia do Niguí
El Mariscal diz consigo:
“¡Ai de mí!”
O sangue do ditador
Derramado com tamanha dor
mistura-se às água do pequeno
que corre com desempenho para o Guazú,
onde o Niguí é devorado
e o ditador dá o último brado:
“¡Muero por mi patria!”