o papel
Onde minha memória falha, recorro ao papel. Sem o papel, e com minha memória em lapsos, o que seria eu? O que restaria de mim senão fragmentos sem possibilidade de conexões?
Então, o papel. O papel como a boia a salvar o náufrago. O náufrago sem cordas, sem aparos que somente a boia pode salvar. E assim é: quando a memória falha, resta o papel. O papel como testemunho registrado de momentos que não se quer perder.