Por vez
as vezes sou menino
as vezes o tempo passou
as vezes sou engenho
as vezes voou
nas vezes que o tempo fala
noutras vezes as flores vão
nenhuma fica parada
perdi minha mocidade em vão
as canetas que tanto usei
a emoção que carreguei
em ambas o túnel secou
os dias que chorei
as tosses que arranjei
as águas rolaram
e com elas se foram
as mulheres, as filhas, a velharia
trouxe de novo cada dia
pra rasgar quinquilharias