Margens dos Rios
Margens dos rios,
Molham os ventos
Que nunca
Atravessaram suas águas.
Dum lado: sonhos acordados,
Doutro: desejos adormecidos.
O vento fala ao ouvido,
A água esfria a pele.
Sentir seu movimento é;
Entrar no próprio Tempo.
Se deixar levar e esquecer,
Até que o mar envolva tudo,
Todos e o Tempo parta
Junto ao vento.