A Clinomania Melancólica

Eu vejo no ser humano a morte,

Diariamente e intermitente,

Corteja entre o profano e a sorte,

Com o divino e o acaso latente.

Quando a cama muda de papel,

E no seu roteiro ela se torna leito,

Algo suga com o peso cruel,

Para dentro do malfadado peito.

Depois de injustiça e brutalidade,

A condição de vida em opacidade,

A dúvida atormenta em recordar.

Quando existir simplesmente cansa,

Perdendo em si toda a confiança,

Que nos livre deste fardo de acordar.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 14/10/2015
Código do texto: T5414363
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.