Relógio da Estação
Nada além das horas e do dia.
Algo que não se explica,
Apenas registra.
Nada se vê além dos ponteiros.
Marcam a todo tempo memórias.
A estação de trem, o apito, o relógio.
Horas, apenas horas a viajar.
Se esquece do Tempo, mas sempre
A se mover lentamente.
A fumaça já não há,
Mas o céu é cinza.
O sorriso também o é.
A eternidade veste um terno cinza.
Os dias passam invisíveis.
O trem já partiu, mas
Há que horas?