CONTEMPLANDO YANA MOURA

Sobre amplo espelho d'água

A nave deslisa

E nesta, a poetisa,

Cabelos ao vento, extensos

E soltos

Contemplam caudais silenciosos,

Nada revoltos.

No que se fazem focados

Os olhos da poetisa?

Versejos novos lhe são inspirados

Pelo sopro da brisa

Que deixam um tanto assim revoados

Os cabelos da poetisa?

Ou fitam os verdumes,

Quem sabe as espumas,

Uns e outros tão acalmados?

Uma branda saudade,

Uma quieta vontade?

Ou pensares nada conexos

À poesia?

Afinal, não é tão só de versos

Que se ocupa uma poetisa.

Quem responder saberia? (*)

(*) Texto inspirado pela contemplação de uma foto de Yana Moura postada no Recantodasletras

Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 23/07/2012
Reeditado em 27/07/2012
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