O esquecimento
Conspiro um duelo presunçoso entre o meu afeto e a minha loucura,
Fatalmente
De um ou de outro modo
Serei atingida
Por um tiro certeiro
Bem em meio ao meu patrimônio simbiótico!
Por teimosia ou bestialidade farei a criação dessecar a criatura,
Porque sempre é assim,
Com volume absurdo de um desespero inóspito
Cai um a um
Os cravos de cera e de gelo do meu cativeiro!
Conspiro um duelo egocêntrico e purulento
Entre as partes mais sensíveis do meu sistema nefrálgico,
E de uma coisa estou absolutamente tranquila:
Nenhuma das partes sairá inteira
Ainda assim, sei que continuarei bem viva
Porque nem todo desaparecimento é nostálgico!!!