O Espadachim
Eu sou aquele que esgrime contra a vida
Mesmo sabendo ser impossível vencer
Tal pugna em tal desigualdade de poder
Contra quem minha’lma cobre de feridas
Nem caneta e nem pena uso para a esgrima,
Desonra minha ante os poetas do passado!
Posto que aprecio os favores de um teclado
Na construção fluida do verso e da rima
Mas isto não tira meus méritos de espadachim
Ao decidir-me por sustentar um duelo assim
Contra um oponente tão feroz quanto implacável
Nas chamas da ira, forjei a poesia, minha espada
E é com ela, que deixarei eternamente marcada
A torpe face da vida, minha inimiga imperdoável