Fantasmas do ser

Fantasmas do ser

Luz externa

Meia luz interna

Um café

Lágrimas

E livros

Em busca do sentido de existir

Criamos esse poema chamado

Os fantasmas do ser.

Eu passo as madrugadas tentando entender

Tive dias em que eu apenas sobrevivi

E tive noites em que eu

não conseguia me reconhecer.

Eu vi mulheres que postavam coisas

Que não viviam

Eu vi em olhares

Pessoas que diziam que estava tudo bem

E não era nada daquilo.

A verdade é que o ser cria uma armadura

Para cansou de ser ferido

O ser usa as suas cicatrizes e cria máscaras

Para não expor as fraquezas que a sua alma

Escondeu por tanto tempo.

Tem dias que eu me sinto vazio

E parece que nada faz sentido

Me afogo no meu tédio e me pergunto

Será que as pessoas não compreendem

Que só iremos entender o outro

Quando sentimos a mesma dor que ele.

Os nossos fantasmas existem

Para que o ser humano reconheça

Que ele fraqueja também.

Eu busco voltar no momento

Em que o tempo era claro

Muitos postam “florescer”

Mas já não florescem a muito tempo.

Mandam mensagens sorrindo

Mesmo sem nenhuma vontade

Nós postamos o que sentimos

Ou apenas o que os outros podem saber?

Aprendemos que o céu precisa escurecer

Para que a lua comece a brilhar

Só não nos ensinaram

O que temos que fazer

Quando a alma começa a gritar

E o corpo começa a chorar.

Penso para sobreviver

Reflito para continuar vivo

O problema não são as lágrimas

Mas os seus motivos.

E quando o ser se afasta de alguém

É porque ele insistiu nele

E desistiu de você.

Rafael Silva.

Rafael Silvaa
Enviado por Rafael Silvaa em 22/10/2019
Código do texto: T6775879
Classificação de conteúdo: seguro