Fantasmas do ser
Fantasmas do ser
Luz externa
Meia luz interna
Um café
Lágrimas
E livros
Em busca do sentido de existir
Criamos esse poema chamado
Os fantasmas do ser.
Eu passo as madrugadas tentando entender
Tive dias em que eu apenas sobrevivi
E tive noites em que eu
não conseguia me reconhecer.
Eu vi mulheres que postavam coisas
Que não viviam
Eu vi em olhares
Pessoas que diziam que estava tudo bem
E não era nada daquilo.
A verdade é que o ser cria uma armadura
Para cansou de ser ferido
O ser usa as suas cicatrizes e cria máscaras
Para não expor as fraquezas que a sua alma
Escondeu por tanto tempo.
Tem dias que eu me sinto vazio
E parece que nada faz sentido
Me afogo no meu tédio e me pergunto
Será que as pessoas não compreendem
Que só iremos entender o outro
Quando sentimos a mesma dor que ele.
Os nossos fantasmas existem
Para que o ser humano reconheça
Que ele fraqueja também.
Eu busco voltar no momento
Em que o tempo era claro
Muitos postam “florescer”
Mas já não florescem a muito tempo.
Mandam mensagens sorrindo
Mesmo sem nenhuma vontade
Nós postamos o que sentimos
Ou apenas o que os outros podem saber?
Aprendemos que o céu precisa escurecer
Para que a lua comece a brilhar
Só não nos ensinaram
O que temos que fazer
Quando a alma começa a gritar
E o corpo começa a chorar.
Penso para sobreviver
Reflito para continuar vivo
O problema não são as lágrimas
Mas os seus motivos.
E quando o ser se afasta de alguém
É porque ele insistiu nele
E desistiu de você.
Rafael Silva.