Abrigo dos perdidos

O cheiro vem me encontrar no meio da negra e assustadora noite fria, as minhas embaçadas perolas veem apenas pequenos focos a piscarem as pernas doentes não me ajudam, se estivessem sadias em poucos minutos lá eu chegaria. Os rosados agora roxos já estão a congelar a saliva que foi embora deixando os mesmos a ressecar, uma cabana pequena no meio do nada lá está, olhando pela fresta uma esquelética jovem assustada a me observar, aproximo-me e empurrei a velha porta, mas não há nada nesse lugar. Apenas duas velas plantadas no meio da pequena sala que parecia clamar, me recolhi em um cantinho e adormeci até a aurora se levantar, acordei, olhei em minha volta a procurar, mas não existe nenhuma cabana, ninguém nesse lugar, apenas eu perdido e sozinho.